Foi na Travessa da Palha

Letra: Gabriel de Oliveira
Música: Frederico de Brito


Foi na Travessa da Palha
Que o meu amante, um canalha
Fez sangrar meu coração
Trazendo ao lado outra amante
Vinha a gingar petulante
Em ar de provocação


Na taberna do Friagem
Entre muita fadistagem
Enfrentei-os sem rancor
Porque a mulher que trazia
Com certeza não valia
Nem sombra do meu amor


A ver quem tinha mais brio
Cantámos ao desafio
Eu e essa outra qualquer
Deixei-a a perder de vista
Mostrando ser mais fadista
Provando ser mais mulher


Foi uma cena vivida
De muitas da minha vida
Que se não esquecem depois
Só sei que de madrugada
Após a cena acabada
Voltámos p'ra casa os dois