Letra: Tiago Torres da Silva
(Fado das horas)
Quando a última varina
Se cansar de andar na lota
No dobrar de cada esquina
Vai morrer uma gaivota
Recordando uma peixeira
No silêncio de um minuto
O mercado da Ribeira
Vai vestir um véu de luto
Quando já não se escutar
O gingar das suas ancas
Eu tenho de as procurar
Entre barcos e tamancas
E vou onde o Tejo é vaga
Ele corre como um louco
Rio que em si próprio naufraga
Pra ser mar dali a pouco
No meu cesto não há peixe
Mas de tanto eu ter cantado
Talvez Lisboa me deixe
Ir apregoar o fado
Porque uma cidade inteira
Escreveu no meu coração
Que a saudade é uma peixeira
Esquecida do seu pregão
(Fado das horas)
Quando a última varina
Se cansar de andar na lota
No dobrar de cada esquina
Vai morrer uma gaivota
Recordando uma peixeira
No silêncio de um minuto
O mercado da Ribeira
Vai vestir um véu de luto
Quando já não se escutar
O gingar das suas ancas
Eu tenho de as procurar
Entre barcos e tamancas
E vou onde o Tejo é vaga
Ele corre como um louco
Rio que em si próprio naufraga
Pra ser mar dali a pouco
No meu cesto não há peixe
Mas de tanto eu ter cantado
Talvez Lisboa me deixe
Ir apregoar o fado
Porque uma cidade inteira
Escreveu no meu coração
Que a saudade é uma peixeira
Esquecida do seu pregão